Cultivando presença e equilíbrio

Foto: Raphael Fagundez
Para além de todos os exercícios físicos - posturas e respiração - o Yoga nos ensina a viver no presente, diminuindo o sofrimento ligado ao passado (como arrependimento, trauma e padrões negativos de conduta) e o sofrimento da mente no futuro (ansiedade, medo, desejos e etc).
A presença cultivada no Yoga é um contraponto à distração de estar "perdido em pensamentos", que é o padrão habitual da mente não treinada em meditação. Essa forma de atenção deve ser cultivada por meio da consciência, momento a momento, da respiração e das sensações no corpo.
A atenção plena na respiração nos permite observar as oscilações em nossos estados mentais, uma vez que estes estão intimamente relacionados. Quando a mente está equilibrada, a respiração é suave e flúida. Quando há medo, ansiedade, paixão, ou qualquer outro fator de desequilíbrio da mente, a respiração torna-se mais forte e acelerada.
Conforme progredimos nessa prática, a atenção torna-se cada vez mais interiorizada e começamos a perceber com clareza as sensações que se manifestam no corpo, inclusive as mais sutis. E entendemos como reagimos todo o tempo com apego e aversão a essa sensações, projetando no mundo exterior a razão dessas reações. Entender nossos padrões de reação é o início da liberdade.
Outro aspecto igualmente importante da prática, ao lado da presença, é a equanimidade mental. Quando treinamos a mente para observar as sensações agradáveis sem apego e as sensações desagradáveis sem aversão, naturalmente manifestamos em nossa vida cotidiana o equilíbrio mental diante de todas as situações.
É claro que isso acontece gradualmente. Aos poucos vamos ganhando insight sobre a natureza de todas as coisas: a impermanência. Para quê criar tanto desejo ou aversão a coisas, pensamentos e situações que são tão efêmeros, transitórios, por sua própria natureza? Rolamos em sofrimento sem sequer entender o que acontece em nosso interior, mais profundamente.
Yoga nos ensina a cultivar uma mente equilibrada diante dos altos e baixos da vida, firme no contentamento e na sabedoria de que tudo é impermanente e está em constante mutação. O caminho da auto transcendência é longo e requer esforço, mas em cada passo na direção correta somos recompensados e nos aproximamos um pouco mais da meta final.
Esse é um caminho que cada um deve percorrer sozinho, mas praticando juntos nos fortaleceremos em nosso propósito. A Casa do Dharma está de portas abertas para todos os buscadores.
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Namaste.